Friday, November 03, 2006

Plebe Rude em São Paulo


Recentemente estive numa festa cuja trilha foi do forró ao punk em questão de minutos. De Fala Mansa aos Ramones. Me senti bem mais confortável com a segunda opção. De um pólo a outro, a transição contou rock nacional dos anos 80. Barão Vermelho, Titãs, Legião, Ultraje a Rigor, Inocentes – e Plebe Rude, os outsiders de Brasília, banda que fará show nos Sesc Pompéia, em São Paulo, nos dias 24 e 25 de novembro. Na capital, também haverá apresentação no Kasebre Rock Bar, na Zona Leste, também no dia 25 deste mês. A turnê inclui, por enquanto, Brasília e Rio de Janeiro.

A banda está divulgando o CD “R ao Contrário”, lançado pela Revista Outracoisa, de Lobão. É a estréia, em disco, da formação que vem tocando desde 2004: os fundadores Philippe Seabra (vocal e guitarra) e André X (baixo), mais Clemente (guitarra e vocal), do Inocentes, e o baterista Txotxa, ex-Maskavo Roots.

Já comprei os ingressos para o show. Fiquei particularmente entusiasmado com a possibilidade de ver a Plebe depois de tantos anos. Será que a banda está disposta a repisar os louros de outros tempos, só para descolar alguns trocados? Será agora um simulacro de si mesma? Difícil dizer, mas não acredito. Se mantiverem a dignidade estética que sempre pautou a banda, já me darei por satisfeito. Nesses tempos de pop rock borocoxô, a Plebe é mais do que necessária.

Dá-lhe Jonny vai à Guerra, Até quando Esperar, A Ida; dá-lhe Minha Renda, Proteção, Este Ano.

O site da Plebe banda traz histórias, entrevistas, data de shows e discografia.

Para relembrar, vão aí uns vídeos.

Videoclipe de "Até quando esperar"


Videoclipe de "Proteção"

2 comments:

Anonymous said...

"O Concreto Já Rachou!" Onde está o Jander? Jander (baixista da formação original da Plebe)é roadie do Nando Reis... Não topou a nova empreitada. Me lembro de ter ido no lançamento de um disco Ao Vivo da Plebe (acho que foi em 2000) nos estúdios de EMI. Era a tentativ da volta da banda. Era um disco ao vivo produzido por Herbert Vianna ("Vou mudar meu nome para Herbert Vianna"). Plebe e Inocentes São duas bandas que fizeram história no punk rock brasileiro dos anos 80. Parece inusitado o Clemente juntando-se a Plebe. Vai dar pé ....O Philippe Seabra é dos gênios mais difíceis do cenário musical brasileiro.

Clayton Melo said...

Bem lembrado. Tenho esse disco (“Enquanto a trégua não vem – ao vivo”). Foi lançado em 2000. O Jander não gostou muito da idéia do retorno da banda. Para ele, não fazia sentido uma banda com caras de 40 anos fazendo “a mesma coisa que faziam aos 18, tendo a mesma atitude que tinham 25 anos atrás”, disse ele numa entrevista reproduzida no site da própria Plebe.
Ele chegou a participar do "Enquanto a trégua...", mas saiu pouco depois.
Quanto ao Concreto Já Rachou, que disco! Há alguns bolachões que marcam nossa vida, não? Me lembro com carinho desse disco. Também gosto de outros, claro, como o Nunca Fomos tão Brasileiros e do Plebe Rude III (não se fala desse disco, mas gosto)
E quer dizer que o Philippe é um cara difícil? Que histórias boas a respeito disso tem a nos contar?