Tuesday, October 17, 2006

Ode ao Língua de Trapo



(Pode não parecer, mas este ser sou eu)


(Dú Lima, Adeilton, Fábio Portela, eu e Conrado Corsalette, em show de Los Borginianos na Cásper Líbero, em 1997. Foto de Gustavo, o Gus)




Há algumas bandas que marcam nossa vida. São aquelas que nos edificam a alma, contribuem para o aperfeiçoamento espiritual, moral, elevam nosso ser a um nível de representação cósmica inigualável. Praticamente uma alfazema sonora.

Para mim, o Língua de Trapo representa tudo isso.E um pouco mais. Quem conhece Concheta que o diga. E tem outro motivo – bairrista, confesso – para uma defesa tão comovente dessa banda que já completou bodas de prata: eles são casperianos como eu.

Isso me faz lembrar uma banda que formei nos tempos da faculdade chamada Los Borginianos.

Me lembro de o Marcelo Coelho, da Folha de S.Paulo, na época meu professor, perguntar se o nome do grupo era uma homenagem a Jorge Luís Borges, o escritor – ele deve ter entendido Los Borgeanos ou algo do gênero. Imagino o desapontamento dele ao saber que o pupilo não chegara a tanto. Na verdade, o nome nasceu de uma bobagem entre amigos.

Dessa aventura, ficaram algumas fotos e dois shows. Um foi apoteótico, na Semana Cultural da Cásper. Colocamos nossos amigos para nos aplaudir e, depois de umas outras, ficou tudo resolvido (vejam o naipe dos meninos no alto desta mensagem).
O segundo, um desastre. Foi na USP, creio que na faculdade de Biologia. Vaias e gritos efusivos de “xô, sai pra lá”. E saímos.

É por essas e outras que não resisti e resolvi colocar aqui uma seqüência impagável de vídeos do Língua.

Divirtam-se. Ou não, né?

* Língua de Trapo -Ministro
Direção e edição: Louis Chilson
Concepção e roteiro: Laert Sarrumor
Atores: Tato Fischer, Nahame Casseb e Paulo Zaidan




* Bicho Grilo (gravado em show do Língua. O "bicho grilo" é o Laerte Vicente, holdie da banda que vivia perambulando pela boemia paulistana)



* Cagar é bom (essa é uma sincera homenagem a João Gilberto)



* Concheta (claro, não poderia faltar o grande hit)

4 comments:

Anonymous said...

Olá Clayton: li seu comentário lá no BdL e vim te visitar aqui. Fiquei muito contente em saber da existência da sua cover-band, ainda mais que ele existiu na Cásper, faculdade onde pra nós tudo começou ( e onde naquelas escadarias eu escrevi a letra de Concheta). Apareça lá no blog, vamos trocar figurinhas. Parabéns pela iniciativa. Um abraço do Castelo ( ou Carlos Melo, pra que me conhece do LT).

Clayton Melo said...

Olá, Carlos (afinal, no Língua é Carlos Melo, né?).

Que legal receber um legítimo representante do LÍNGUA DE TRAPO aqui no blog.

E, realmente, aquela escadaria da Cásper tem história - a Concheta é uma delas. Nos dois shows de que falei no texto, claro, Concheta estava do repertório. Aparecerei mais vezes no Blog do Língua. E você por aqui, certo? Abraço

Aimée said...

Clayton, que fotos são essas? Haha, muito boas! adorei o termo "alfazema sonora", define muito bem o lance. Não vi os vídeos ainda, mas já já dou uma conferida no material!
P.S. tá ficando bem legal isso aqui!

Clayton Melo said...

Carol, pois é, a "alfazema sonora" é da família linguística do banho de ofurô espiritual". Mais zen impossível, não?

E veja os vídeos: são verdadeiras pérolas, especialmente o do Ministro e do Bicho Grilo.

Apareça sempre aqui. E continue firme e forte no seu blog