O amigo ou amiga que acompanha o Ponto de Fuga vai notar que hoje (dia 9 de janeiro) há uns espaços em branco em certos trechos destas páginas. Nesses espaços foram postados vídeos, que não momentaneamente não podem ser acessados. Por quê? Porque o YouTube está fora do ar no Brasil. E por quê? Porque o Tribunal de Justiça de São Paulo acatou pedido dos advogados de Daniela Cicarelli e seu namorado, Renato Malzoni Filho. Eles não querem que o vídeo em que protagonizam cenas picantes numa praia seja mais exibido pelo YouTube.
Assim , a Brasil Telecom e a Telefônica – a essa altura creio que outros provedores também – bloquearam o acesso ao site de vídeos mais popular do mundo.
O método usado para o bloqueio foi a instalação de um filtro no backbone internacional dos provedores para impedir o tráfego de qualquer arquivo que venha do YouTube. Em poucas palavras, isso quer dizer o seguinte: a desfaçatez costuma alcançar níveis inimagináveis. Imbecilidade, afronta à liberdade na internet.
Com a polêmica a mil, o Tribunal de Justiça de São Paulo foi à imprensa, por meio de sua assessoria, dizer que o desembargador Ênio Santarelli Zuliani, o responsável pela sentença, não ordenou a retirada do YouTube do ar, mas sim impediu o acesso ao vídeo de supostas cenas de sexo da apresentadora.
Na prática, porém, o fato é que o acesso está fechado de uma maneira geral.
O que essa distinta senhorita Cicarelli ganha com isso? Notoriedade, algum novo contrato fabuloso no reino da mediocridade midiática? Certamente é isso o que ela busca. O esfrega-esfrega no balanço do mar lhe rendeu generosos espaços em revistas e tempo em TVs, convites de trabalho etc. Foi uma estratégia de fazer inveja aos mais arguto profissional de marketing.
Pois é. Há quem queira aparecer a todo custo, mesmo que seja deleitar-se no ridículo, nas agruras do patético.
Não é por acaso que já começa a crescer um intenso movimento na rede de repúdio a essa situação. Basta dar uma busca no Google e passear pela internet para constatar.
Sobre o bloqueio ao acesso do conteúdo do YouTube, o advogado Gilberto Martins, especializado em direito na internet, afirmou ao site Comunique-se dias atrás que o bloqueio para sites brasileiros seria inadequado. “É como se uma editora de livros fosse obrigada a fechar as portas caso publique um livro considerado problemático, comprometendo as vendas de outros livros, o que não é razoável”, declarou.
Ou seja, houve um problema pontual, mas não interessa: fecha, e estamos conversados.
Para saber mais sobre o assunto:
Comunique-se
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Meio Bit
Tuesday, January 09, 2007
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