Malachi Ritscher, 52 anos, de Chicago, nos Estados Unidos, se afligia com a guerra do Iraque. Com os tempos sombrios. Então planejou cuidadosamente todos os detalhes: deixou a cópia da chave do apartamento com um amigo, preparou uma lista de tarefas para a família, publicou o próprio obituário em seu site. Na carta, mostrava-se indignado com a guerra. Esperava que seu plano reverberasse, fizesse um barulho insuportável, acordasse o mundo para a loucura da intolerância.
No dia 3 de novembro, às 6h30, Ritscher, um músico que lutava contra a depressão, foi ao centro de Chicago e postou-se perto de uma estátua. Em seguida ligou uma câmera de vídeo e registrou o momento em que ateou fogo em si mesmo.
Mas ninguém sacou a jogada. Ninguém ficou sabendo de seu propósito. Morreu como um anti-mártir, um herói às avessas.
"Este é meu pronunciamento: se eu sou obrigado a pagar por sua guerra bárbara, eu escolho não viver em nosso mundo. Me recuso a financiar o assassino em massa de civis inocentes, que nada fizeram para ameaçar nosso país", escreveu na carta de despedida. "Se uma morte pode dizer algo, em qualquer pequena forma, eu digo para o mundo: desculpem-me pelo que fiz por você, estou envergonhado pelo caos causado pelo meu país."
A última frase da carta foi: "Sem medo, eu vou para Deus".
O corpo de Malachi Ritscher foi reconhecido cinco dias depois. E só se soube que o suicídio foi um ato de protesto semanas mais tarde, graças ao trabalho de um jornalista local, que se empenhou em investigar o caso.
A carta está disponível no site
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Saturday, December 02, 2006
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1 comment:
em meio a salmos, alvos e contas
o homem bomba se esconde como um terrorista
sem uma reivindicação verbal
pronto pra explodir ao menor sinal
então toca a buzina, toca baile funk,
toca o bumbo na garganta do
maracanã, eh!
incendiando um coração impregnado
que não divide violência e diversão
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