Estou trabalhando muito ultimamente, e isso explica o sumiço durante alguns dias aqui do Ponto de Fuga, que anda carente de posts novos. Muita correria para fechar edições de revistas, desenvolver projetos de novas publicações, pensar em pautas, prospecção etc.
Como se não bastasse o trabalho jornalístico propriamente dito, preciso também cuidar de aspectos administrativos da editora da qual sou sócio, a Toda Palavra. Afinal, parafraseando uma propaganda antiga (do quê mesmo?), “não basta ser empreendedor, tem de participar”.
Juro que não fiz esse preâmbulo para justificar a escassez de posts. Na verdade, foi o gancho que encontrei para falar da necessidade de, com uma certa freqüência, darmos uma paradinha no ritmo alucinante da vida cotidiana. Às vezes precisamos simplesmente não fazer nada: apenas respirar fundo e deixar o coração tranquilo.
Foi o que fiz numa noite dessas. E o fiz com música, muita música. Esparramado no tapete da sala, a janela da varanda aberta, revirei o monte de CDs. Miles Davis, Chet Baker, The Doors, Chico Buarque, Rolling Stones, Sérgio Sampaio, Lobão, Cazuza, Legião Urbana, Jonh Lee Hooker, Gal Costa. Salada sonora. Do jeito que o diabo gosta.
Pensei de tudo um pouco. Pensei, por exemplo, que em minhas veias talvez corra um barquinho, de lá para cá, de cima para baixo, procurando alguma portinha que permita desbravar um horizonte novo dentro de mim mesmo.
Fiquei horas assim.
Da janela da varanda, a noite me lambia a cara, me chamando para a vida, dizendo que, sim, que a vida vale a pena – apesar de as notícias dos jornais ultimamente nos darem todas as razões para acreditar no contrário.
Sunday, March 18, 2007
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2 comments:
eu não leio jornal, mais.
eu tenho o vício de ler jornais, mas está cada vez mais difícil reservar tempo para isso. e, convenhamos, os jornais estão muito chatos, né?
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